sábado, 27 de outubro de 2012

6º, 7º, 8º, 9º e 10º encontro revezamento 2012....


ALFABETIZAÇÃO E LINGUAGEM
Tutora: Janete Ferreira

6º Encontro            21/08/2012


1-    Leitura-Fruição: Caderneta de anotações.
CADERNETA DE ANOTAÇÕES
Havia sol lá fora. A sala de aula estava cheia de crianças. Rosinha tinha apenas sete anos de idade. Amava a escola, as amiguinhas, o recreio – principalmente o recreio - e admirava a professora, dona Geralda. Era uma mulher bonita, alta, inteligente e gostava de se vestir impecavelmente bem. Seus vestidos eram maravilhosos. Simples, mas muito bem passados e limpos. Davam sempre a impressão de que dona Geralda acabara de tomar banho e colocar seu mais novo vestido para vir à escola.
Rosinha, por admiração à professora, jamais deixava de copiar algo do quadro negro ou de fazer as lições de casa. Sentava-se na primeira carteira, colada à mesa de sua musa inspiradora. Também gostava muito de responder às perguntas, pois era elogiada em seguida. Era muito bom ser criança, era muito bom ser uma aluna dessa professora.
Certo dia, daqueles que a memória se recusa a deixar de lado, Rosinha distraiu-se. Um minuto de distração. Virara-se para trás e sorria para uma amiga que acabara de perguntar-lhe algo sobre o lugar que se encontrariam no recreio.
- No monte de cascas de arroz! – respondera sorrindo. Era onde adoravam ir para brincar de salto em altura. Saltavam e caiam sobre um monte de cascas de arroz, comum em escolas rurais antigas. Hoje, colchões de espuma.
- Tá bom! A gente se vê lá.
Nesse exato momento, a professora acabara de passar a lição de casa no quadro negro. Rosinha não sabia se era para fazer agora, ou anotar na caderneta como tarefa de casa.
- Professora! É para anotar na cardeneta? – Perguntara sem perceber seu erro na inversão das letras.
- Como Rosinha? – A professora queria se certificar de que realmente ouvira a palavra ser dita de forma equivocada.
- É para anotar na cardeneta? – repete a pergunta inocentemente.
- Rosinha, por favor, fale bem alto para toda a turma ouvir – dona Geralda pedia, ela também, em voz bem alta.
E Rosinha, de coração limpo, de alma ingênua, feliz em atender a mais uma das perguntas de sua amada professora, repete:
- É para anotar na cardeneta? – e sua voz de menina ecoa na sala, misturada ao silêncio constrangedor que se instalara.
Quase que instantaneamente, a professora vai ao quadro negro e, de forma ríspida e desrespeitosa, escreve em letras garrafais: CARDENETA. Logo à direita, escreve, com o mesmo ímpeto: CADERNETA. E, imersa em sua maldade adulta, risca energicamente a palavra errada, dizendo com um tom de reprovação e ironia:
- O correto é CADERNETA e não CARDENETA como a Rosinha disse. Prestem atenção para não cometer esse erro – a voz de dona Geralda soava como de alguém cuja raiva estava esperando a hora certa de ser expressa.
A dor invadiu o peito de Rosinha e se misturou ao silêncio dos colegas que poderiam ter rido, mas não o fizeram por medo. Esse mesmo silêncio se perpetuou em todo o restante da escolaridade de Rosinha, que jamais arriscara fazer qualquer pergunta novamente.
A musa caiu do pedestal e mergulhou na lama dos insensíveis, onde nenhum vestido bem passado sobrevive ileso.
Uma pequena lágrima cai do rosto de Rosinha e mancha, ironicamente, o que acabara de escrever na caderneta: “Lição de casa”. 
Havia sol lá fora.

 MARCOS MEIER é mestre em Educação, psicólogo, escritor e palestrante. Seus textos encontram-se no site www.marcosmeier.com.br e seus livros no www.kapok.com.br.


2-    Sensibilização: Entreguei  uma caderneta decorada para cada cursista.












3-    Retomada do encontro anterior. (diário de bordo)Questões sobre Avaliação.
4-    Para descontrair: Questões de prova.
FASCÍCULO 2: QUESTÕES SOBRE AVALIAÇÃO

A AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

·          Analisar os significados dos processos de avaliação, diagnóstico e       acompanhamento do processo de alfabetização.
·         Apresentar instrumento e possibilidade de intervenção.
·         Discutir a importância da avaliação do ensino e do trabalho da escola.

AVALIAÇÃO EM ALFABETIZAÇÃO
      Dimensão formadora – Representa importante fonte de informação para formulação de práticas pedagógicas, uma vez que, os registros feitos ao longo do processo ajudam a compreender os desempenhos e aprendizagens dos alunos, com ênfase em progressões e demandas de intervenção.
       Processo regular por valores que marcarão as concepções sobre o processo de ensino aprendizagem.
      Ação avaliativa – Conjunto de iniciativas ou procedimentos que utilizamos para avaliar.
      Perfil pedagógico – Reguladora e orientadora do processo de aprendizado.

A AVALIAÇÃO GIRA EM TORNO DE 2 FUNÇÕES: 
“DIAGNÓSTICO  E   MONITORAMENTO”
      Diagnóstico – Conhecimento de cada criança no que se refere a seus desempenhos ao longo da aprendizagem, seus processos, suas dificuldades.
      Monitoramento – Acompanhar e intervir na aprendizagem, para reorientar o ensino e resgatar o sucesso dos alunos.

Instrumentos: - Provas operatórias;
                           - Fichas descritivas;
                           - Autoavaliação;
                           - Portfólio;       

Tarefa 5: AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA:

Teça um breve comentário acerca da contribuição do estudo do fascículo 2 à sua formação e prática pedagógica, comentando também sobre  quais instrumentos de avaliação você utiliza e de que forma você o registra?

ALFABETIZAÇÃO E LINGUAGEM

TUTORA: JANETE FERREIRA

7º Encontro  29/ 08 / 2012


Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, o aceite e viva-o.
AUTOR DESCONHECIDO.


·         Retomada do encontro anterior. (diário de bordo);

·         Slide: Apresentação do fascículo 3.


·         Slide: Ler deveria sere proibido( Um incentivo à leitura).




FASCÍCULO 3

OBJETIVO: Analisar e refletir a ‘’Organização do tempo pedagógico e o planejamento do ensino, descrevendo situações partindo daquilo que fazemos na escola através de trocas de  experiências, buscando compreender como a escola funciona e como é o nosso trabalho dentro dela, considerando as possibilidades de modificar o nosso trabalho e o modo de funcionamento da escola.

Questões a serem estudadas:
• Os tempos da leitura na sala de aula;

• Os tempos de escrita na sala de aula;
• Planejamento;

                  

·                    Reflexão: Qual a importância de uma atividade de leitura em voz alta?
·                        3- Estudo da Unidade I  do Fascículo 3 .
·                    Unidade I: Os tempos da leitura na sala de aula.
                                
·             TAREFA Nº 6:
       ATIVIDADE DE APLICAÇÃO: LEITURA
       ATIVIDADE 23 E 24 página 42 do fascículo 2.

                                               
 ALFABETIZAÇÃO E LINGUAGEM

TUTORA: JANETE FERREIRA

8º Encontro  05 / 09 / 2012


            Quem anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre pedras, liberdade caça jeito!
Manoel de Barros


1-        Leitura-Fruição: Floquinhos de carinho ( Autor desconhecido)

FLOQUINHOS DE CARINHO
   Havia uma aldeia onde o dinheiro não entrava.
          Tudo o que as pessoas compravam, tudo o que era cultivado e produzido por cada um, era trocado.
          A coisa mais importante era o amor.
         Quem nada produzia, quem não possuía coisas que pudessem ser trocadas por alimentos, ou utensílios, dava seu CARINHO. O CARINHO era simbolizado por um floquinho de algodão. Muitas vezes, era normal que as pessoas trocassem floquinhos sem querer nada em troca. As pessoas davam seu CARINHO pois sabiam que receberiam
outros num outro momento ou outro dia.
        Um dia, uma mulher muito má, que vivia fora da aldeia, convenceu um pequeno garoto a não mais dar seus floquinhos. Desta forma, ele seria a pessoa mais rica da cidade e teria o que quisesse. Iludido pelas palavras da malvada, o menino, que era uma das pessoas mais populares e queridas da aldeia, passou a juntar CARINHOS e em pouquíssimo tempo sua casa estava repleta de floquinhos, ficando até difícil de circular dentro dela. Daí então, quando a cidade já estava
praticamente sem floquinhos, as pessoas começaram a guardar o pouco CARINHO que tinham e toda a HARMONIA da cidade desapareceu. Surgiram a GANÂNCIA, a DESCONFIANÇA, o primeiro ROUBO, ÓDIO,  DISCÓRDIA, as pessoas se XINGARAM pela primeira vez e passaram IGNORAR-SE pelas ruas. Como era o mais querido
da cidade, o garoto foi o primeiro a sentir-se TRISTE e SOZINHO, o que o fez procurar a velha para perguntar-lhe e dizer-lhe se aquilo fazia parte da riqueza que ele acumularia.
         Não a encontrando mais, ele tomou uma decisão. Pegou uma grande carriola, colocou todos os seus floquinhos em cima e caminhou por toda a cidade distribuindo aleatoriamente seu CARINHO.
        A todos que dava CARINHO, apenas dizia: Obrigado por receber meu carinho. Assim, sem medo de acabar com seus floquinhos, ele distribuiu até o último CARINHO sem receber um só de volta.
       Sem que tivesse tempo de sentir-se sozinho e triste novamente, alguém caminhou até ele e lhe deu CARINHO.
        Um outro fez o mesmo...Mais outro... e outro... até que definitivamente a aldeia voltou ao normal.

                                             MORAL DA HISTÓRIA:

       Nunca devemos fazer as coisas pensando em receber em troca.Mas devemos fazer sempre. Lembrar que os outros existem é muito importante. Muito mais importante do que cobrar dos outros que se lembrem de você, pois sentimento sincero nos é oferecido espontaneamente, e assim saberemos quem realmente nos ama. Aqueles que te quiserem bem se lembrarão de você. Receber sem cobrar é mais verdadeiro. Receber CARINHO é muito bom. E o simples gesto de lembrar que alguém existe a forma mais simples de fazê-lo.Estes são os meus floquinhos para: VOCÊ !!!


2-        Retomada do encontro anterior. (diário de bordo);
3-        Vídeo: Planejamento escolar.


PLANEJAR.....
         “Devagar se vai longe”, diz o povo. Mas só chega quem sabe para onde ir. O planejamento, sobretudo se for participativo, embora não seja uma solução mágica, é, sem dúvida, um processo que ajuda a crescer e trabalhar sabendo para onde se vai.
        Planejamento, diga-se logo, não é somente decidir uma listagem de ações a serem executadas em determinadas datas e prazos. Este nós chamamos de “cronograma”. Planejamento é o processo de tomar decisões a respeito do trabalho a ser feito.
        Planejamento envolve muita reflexão antes, durante e depois. É um processo que não tem fim. Pode até chegar a exigir que se mude o plano proposto se o andamento do trabalho mostrar que é preciso fazê-lo.

 Estudo da Unidade III  : Fascículo 3 .

·         Unidade III: Planejamento.
·         Trabalhar com escolhas prévias.

TAREFA Nº 7:
Trazer um planejamento de uma aula bem sucedida, construindo uma rotina semanal de alfabetização e letramento (leitura e escrita pág.28 fascículo 3).













ALFABETIZAÇÃO E LINGUAGEM

Tutora: Janete Ferreira

9º Encontro            12/09/2012

                                                                                                                       
·         Leitura do Diário de Bordo para retomada do encontro anterior.

Fascículo 4: Organização e Uso da Biblioteca Escolar e das Salas de Leitura:

  •  Discute-se a importância da Biblioteca Escolar ou da Sala de Leitura, sua organização e possibilidades de uso. Analisam-se diferentes modalidades de leitura, a diversidade de suportes de textos e a fundamental mediação do(a) professor(a) ao longo do processo de letramento. Por fim, discute-se a relevância do Dicionário como aliado no dia-a-dia da sala de aula.
Objetivos de Ensino:
  • Refletir sobre uso da biblioteca e das salas de leitura como prática importante na formação de leitores e escritores competentes.
  • Propor alternativas para organização de um espaço de leitura nas escolas que não tiverem uma biblioteca.
  • Promover a reflexão sobre o uso do dicionário em sala de aula.
Objetivos de Aprendizagem:
  • Reconhecer o espaço de leitura como aliado na formação de alunos leitores e escritores.
  • Compreender a relevância do dicionário como parceiro no dia-a-dia em sala de aula.
  • Conhecer alternativas para a organização do espaço de leitura na escola, quando esta não contar com uma biblioteca.
Materiais a serem utilizados:
·         Data-show
·          Computador
·          CDs( slides e vídeos)

Avaliação
·         O fascículo preconiza:
ü  A promoção das práticas de leitura e escrita e o acesso à cultura e ao lazer;
ü  O monitoramento das questões e das atividades que envolvem o leitor em formação e a sua fluência em leitura e escrita enquanto uma prática social a ser resgatada pela escola;
ü  A mediação do professor e do bibliotecário nessa prática;
·         TAREFA Nº 8:
·       TAREFA: OS TEMPOS DA ESCRITA EM SALA DE AULA.





ALFABETIZAÇÃO E LINGUAGEM

Tutora: Janete Ferreira
“No Egito, as bibliotecas eram chamadas ''Tesouro dos remédios da alma''. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.”                                                                                               Jacques Bossuet
·         Leitura-fruição: Pedido de demissão  ( Conceição Trucom)

PEDIDO DE DEMISSÃO
Conceição Trucom 
Venho por meio deste, apresentar oficialmente meu pedido de demissão da categoria dos adultos.
Resolvi que quero voltar a ter as responsabilidades e as idéias de uma criança de oito anos no máximo.
            Quero acreditar que o mundo é justo e que todas as pessoas são honestas e boas.
Quero acreditar que tudo é possível.
Quero que as complexidades da vida passem desapercebidas por mim e quero ficar encantada com as  pequenas maravilhas deste mundo.
Quero de volta uma vida simples e sem complicações.
Cansei dos dias cheios de computadores que falham, montanha de papeladas, notícias deprimentes, contas a pagar, fofocas, doenças e necessidade de atribuir um valor monetário a tudo o que existe.
Não quero mais ter que inventar jeitos para fazer o dinheiro chegar até o dia do próximo pagamento.
Não quero mais ser obrigada a dizer adeus ás pessoas queridas e, com elas, à uma parte da minha vida.
Quero ter a certeza de que Deus está no céu e de que, por isso, tudo está direitinho nesse mundo.
Quero viajar ao redor do mundo no barquinho de papel, que vou navegar numa poça deixada pela chuva.
Quero jogar pedrinhas na água e ter tempo para olhar as ondas que elas formam.
Quero achar que as moedas de chocolate são melhores do que as de verdade, porque podemos comê-las e ficar com a cara toda lambuzada.
Quero ficar feliz quando amadurecer o primeiro caju, a primeira manga ou quando a jabuticabeira  ficar pretinha de frutas.
Quero poder passar as tardes de verão à sombra de uma árvore, construindo castelos no ar  e dividindo-os com meus amigos.
Quero voltar a achar que chicletes e picolés são as melhores coisas da vida.
Quero que as maiores competições  em que eu tenha de entrar sejam um jogo de bola de gude ou uma pelada.
Quero voltar ao tempo em que tudo o que eu sabia era o nome das cores, a tabuada, as cantigas de roda, a "Batatinha quando nasce..." e a "Ave Maria"  e que isso não me incomodava nadinha,  porque eu não tinha a menor idéia de quantas coisas eu ainda não sabia.
Quero voltar ao tempo em que se é feliz,  simplesmente porque se vive  na bendita ignorância da existência de coisas  que podem nos preocupar ou aborrecer.
Quero acreditar no poder dos sorrisos,  dos abraços, dos agrados, das palavras gentis, da verdade,  da justiça, da paz, dos sonhos,  da imaginação, dos castelos no ar e na areia.
Quero estar convencida de que tudo isso...  vale muito mais do que o dinheiro!
A partir de hoje, isso é com vocês,  porque eu estou me demitindo da vida de adulto.
NÃO TENHA MEDO DE SER FELIZ!!!

                                                        
ü  Vídeo: Apresentação de Slide:
ü  Unidade I : Biblioteca Escolar
ü   Unidade II: Atividades de  Leitura
                                                                                                                                 
·         Leitura do Diário de Bordo para retomada do encontro anterior.
FASCÍCULO 4


·         Atividade em grupo: Escolher um livro e ler como se estivesse trabalhando com crianças;
 







·         Atividade de leitura em grupo com as cursistas: Texto: Narizinho  ( Monteiro Lobato) Reinações de Narizinho;

       

 Trecho:I
                                            
Reinações de Narizinho

      Numa casinha branca, lá no Sítio do Pica-pau Amarelo, mora uma velha de mais de sessenta anos. Chama-se Dona Benta. Quem passa pela estrada e a vê na varanda, de cestinha de costura ao colo e óculos de ouro na ponta do nariz, segue seu caminho pensando:
     -Que tristeza viver assim tão sozinha neste deserto...
      Mas engana-se. Dona Benta é a mais feliz das vovós, porque vive em companhia da mais encantadora das netas - Lúcia, a menina do narizinho arrebitado, ou Narizinho como todos dizem. Narizinho tem sete anos, é morena como jambo, gosta muito de pipoca e já sabe fazer uns bolinhos de polvilho bem gostosos.
      Na casa ainda existem duas pessoas - tia Nastácia, negra de estimação que carregou Lúcia em pequena, e Emília, uma boneca de pano bastante desajeitada de corpo. Emília foi feita por tia Nastácia, com olhos de retrós preto e sobrancelhas tão lá em cima que é ver uma bruxa.
       Apesar disso Narizinho gosta muito dela; não almoça nem janta sem a ter ao lado, nem se deita sem primeiro acomodá-la numa redinha entre dois pés de cadeira.
       Além da boneca, o outro encanto da menina é o ribeirão que passa pelos fundos do pomar. Suas águas, muito apressadinhas e mexeriqueiras, correm por entre pedras negras de limo, que Lúcia chama as “tias Nastácias do rio”.
      Todas as tardes Lúcia toma a boneca e vai passear à beira d’água, onde se senta na raiz dum velho ingazeiro para dar farelo de pão aos lambaris.
        Não há peixe do rio que a não conheça; assim que ela aparece, todos acodem numa grande faminteza. Os mais miúdos chegam pertinho; os graúdos parece que desconfiam da boneca, pois ficam ressabiados, a espiar de longe. E nesse divertimento leva a menina horas, até que tia Nastácia apareça no portão do pomar e grite na sua voz sossegada:
     - Narizinho, vovó está chamando!

Monteiro Lobato in Reinações de Narizinho
 

(Apostila 16  de Pré-Modernismo - Literatura Brasileira)




·         Tarefa nº 9
            Tarefa de aplicação ( Leitura) : A tarefa para essa semana é:
 Ler um livro por dia para os alunos e citá-los, descrevendo logo 
após  como foi essa experiência, porém,
 quem já tem essa prática, explicar como 
esse momento da leitura-fruição acontece.









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