ALFABETIZAÇÃO E LINGUAGEM
Tutora: Janete Ferreira
1- Leitura-Fruição: Caderneta de anotações.
Havia sol
lá fora. A sala de aula estava cheia de crianças. Rosinha tinha apenas sete
anos de idade. Amava a escola, as amiguinhas, o recreio – principalmente o
recreio - e admirava a professora, dona Geralda. Era uma mulher bonita, alta,
inteligente e gostava de se vestir impecavelmente bem. Seus vestidos eram
maravilhosos. Simples, mas muito bem passados e limpos. Davam sempre a
impressão de que dona Geralda acabara de tomar banho e colocar seu mais novo
vestido para vir à escola.
Rosinha,
por admiração à professora, jamais deixava de copiar algo do quadro negro ou de
fazer as lições de casa. Sentava-se na primeira carteira, colada à mesa de sua
musa inspiradora. Também gostava muito de responder às perguntas, pois era
elogiada em seguida. Era muito bom ser criança, era muito bom ser uma aluna
dessa professora.
Certo
dia, daqueles que a memória se recusa a deixar de lado, Rosinha distraiu-se. Um
minuto de distração. Virara-se para trás e sorria para uma amiga que acabara de
perguntar-lhe algo sobre o lugar que se encontrariam no recreio.
- No
monte de cascas de arroz! – respondera sorrindo. Era onde adoravam ir para
brincar de salto em altura. Saltavam e caiam sobre um monte de cascas de arroz,
comum em escolas rurais antigas. Hoje, colchões de espuma.
- Tá bom!
A gente se vê lá.
Nesse
exato momento, a professora acabara de passar a lição de casa no quadro negro.
Rosinha não sabia se era para fazer agora, ou anotar na caderneta como tarefa
de casa.
-
Professora! É para anotar na cardeneta? – Perguntara sem perceber seu erro na
inversão das letras.
- Como
Rosinha? – A professora queria se certificar de que realmente ouvira a palavra
ser dita de forma equivocada.
- É para
anotar na cardeneta? – repete a pergunta inocentemente.
-
Rosinha, por favor, fale bem alto para toda a turma ouvir – dona Geralda pedia,
ela também, em voz bem alta.
E
Rosinha, de coração limpo, de alma ingênua, feliz em atender a mais uma das
perguntas de sua amada professora, repete:
- É para
anotar na cardeneta? – e sua voz de menina ecoa na sala, misturada ao silêncio
constrangedor que se instalara.
Quase que
instantaneamente, a professora vai ao quadro negro e, de forma ríspida e
desrespeitosa, escreve em letras garrafais: CARDENETA. Logo à direita, escreve,
com o mesmo ímpeto: CADERNETA. E, imersa em sua maldade adulta, risca
energicamente a palavra errada, dizendo com um tom de reprovação e ironia:
- O
correto é CADERNETA e não CARDENETA como a Rosinha disse. Prestem atenção para
não cometer esse erro – a voz de dona Geralda soava como de alguém cuja raiva
estava esperando a hora certa de ser expressa.
A dor
invadiu o peito de Rosinha e se misturou ao silêncio dos colegas que poderiam
ter rido, mas não o fizeram por medo. Esse mesmo silêncio se perpetuou em todo
o restante da escolaridade de Rosinha, que jamais arriscara fazer qualquer
pergunta novamente.
A musa
caiu do pedestal e mergulhou na lama dos insensíveis, onde nenhum vestido bem
passado sobrevive ileso.
Uma
pequena lágrima cai do rosto de Rosinha e mancha, ironicamente, o que acabara
de escrever na caderneta: “Lição de casa”.
Havia sol
lá fora.
MARCOS MEIER é
mestre em Educação, psicólogo, escritor e palestrante. Seus textos encontram-se
no site www.marcosmeier.com.br e seus livros no www.kapok.com.br.
2- Sensibilização:
Entreguei uma caderneta decorada para
cada cursista.
3- Retomada do encontro anterior. (diário de
bordo)Questões sobre Avaliação.
4- Para descontrair:
Questões de prova.
FASCÍCULO 2: QUESTÕES
SOBRE AVALIAÇÃO
A AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
·
Analisar os significados dos
processos de avaliação, diagnóstico e
acompanhamento do processo de alfabetização.
·
Apresentar instrumento e possibilidade de intervenção.
·
Discutir a importância da avaliação do ensino e do trabalho da escola.
AVALIAÇÃO EM ALFABETIZAÇÃO
Dimensão formadora – Representa importante fonte de informação para
formulação de práticas pedagógicas, uma vez que, os registros feitos ao longo
do processo ajudam a compreender os desempenhos e aprendizagens dos alunos, com
ênfase em progressões e demandas de intervenção.
Processo regular por
valores que marcarão as concepções sobre o processo de ensino aprendizagem.
Ação avaliativa – Conjunto de
iniciativas ou procedimentos que utilizamos para avaliar.
Perfil pedagógico – Reguladora e
orientadora do processo de aprendizado.
A AVALIAÇÃO GIRA EM TORNO DE 2 FUNÇÕES:
“DIAGNÓSTICO E MONITORAMENTO”
Diagnóstico – Conhecimento de cada
criança no que se refere a seus desempenhos ao longo da aprendizagem, seus
processos, suas dificuldades.
Monitoramento – Acompanhar e intervir na aprendizagem, para
reorientar o ensino e resgatar o sucesso dos alunos.
Instrumentos: - Provas operatórias;
-
Fichas descritivas;
-
Autoavaliação;
-
Portfólio;
Tarefa 5:
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA:
Teça um
breve comentário acerca da contribuição do estudo do fascículo 2 à sua formação
e prática pedagógica, comentando também sobre quais
instrumentos de avaliação você utiliza e de que forma você o registra?
ALFABETIZAÇÃO E LINGUAGEM
TUTORA: JANETE FERREIRA
Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite
em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo
simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em
algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em
tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita
análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao
bem e beneficio de todos, o aceite e viva-o.
AUTOR DESCONHECIDO.
·
Retomada do encontro anterior. (diário de bordo);
·
Slide: Apresentação do fascículo 3.
·
Slide: Ler deveria sere proibido(
Um incentivo à leitura).
FASCÍCULO 3
OBJETIVO: Analisar e refletir a ‘’Organização do tempo
pedagógico e o planejamento do ensino, descrevendo situações partindo daquilo
que fazemos na escola através de trocas de
experiências, buscando compreender como a escola funciona e como é o
nosso trabalho dentro dela, considerando as possibilidades de modificar o nosso
trabalho e o modo de funcionamento da escola.
Questões a serem estudadas:
• Os tempos da leitura na sala de aula;
• Os tempos de escrita na sala de aula;
• Planejamento;
·
Reflexão: Qual
a importância de uma atividade de leitura em voz alta?
·
3- Estudo da
Unidade I do Fascículo 3 .
·
Unidade I: Os
tempos da leitura na sala de aula.
·
TAREFA Nº 6:
ATIVIDADE DE APLICAÇÃO: LEITURA
ATIVIDADE 23 E
24 página 42 do fascículo 2.
ALFABETIZAÇÃO E LINGUAGEM
TUTORA: JANETE FERREIRA
Quem
anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre pedras, liberdade caça
jeito!
Manoel de Barros
1-
Leitura-Fruição: Floquinhos de carinho (
Autor desconhecido)
FLOQUINHOS
DE CARINHO
Havia uma aldeia onde o dinheiro
não entrava.
Tudo o que as pessoas
compravam, tudo o que era cultivado e produzido por cada um, era trocado.
A coisa mais importante era o
amor.
Quem nada produzia, quem não
possuía coisas que pudessem ser trocadas por alimentos, ou utensílios, dava seu
CARINHO. O CARINHO era simbolizado por um floquinho de algodão. Muitas vezes,
era normal que as pessoas trocassem floquinhos sem querer nada em troca. As
pessoas davam seu CARINHO pois sabiam que receberiam
outros num outro momento ou outro dia.
Um dia, uma mulher muito má, que
vivia fora da aldeia, convenceu um pequeno garoto a não mais dar seus
floquinhos. Desta forma, ele seria a pessoa mais rica da cidade e teria o que
quisesse. Iludido pelas palavras da malvada, o menino, que era uma das pessoas
mais populares e queridas da aldeia, passou a juntar CARINHOS e em pouquíssimo
tempo sua casa estava repleta de floquinhos, ficando até difícil de circular
dentro dela. Daí então, quando a cidade já estava
praticamente sem floquinhos, as pessoas começaram a guardar o pouco CARINHO que
tinham e toda a HARMONIA da cidade desapareceu. Surgiram a GANÂNCIA, a
DESCONFIANÇA, o primeiro ROUBO, ÓDIO, DISCÓRDIA, as pessoas se XINGARAM
pela primeira vez e passaram IGNORAR-SE pelas ruas. Como era o mais querido
da cidade, o garoto foi o primeiro a sentir-se TRISTE e SOZINHO, o que o fez
procurar a velha para perguntar-lhe e dizer-lhe se aquilo fazia parte da riqueza
que ele acumularia.
Não a encontrando mais, ele tomou
uma decisão. Pegou uma grande carriola, colocou todos os seus floquinhos em
cima e caminhou por toda a cidade distribuindo aleatoriamente seu CARINHO.
A todos que dava CARINHO, apenas
dizia: Obrigado por receber meu carinho. Assim, sem medo de acabar com seus
floquinhos, ele distribuiu até o último CARINHO sem receber um só de volta.
Sem que tivesse tempo de sentir-se
sozinho e triste novamente, alguém caminhou até ele e lhe deu CARINHO.
Um outro fez o mesmo...Mais
outro... e outro... até que definitivamente a aldeia voltou ao normal.
MORAL DA HISTÓRIA:
Nunca devemos fazer as coisas pensando
em receber em troca.Mas devemos fazer sempre. Lembrar que os outros existem é muito
importante. Muito mais importante do que cobrar dos outros que se lembrem de
você, pois sentimento sincero nos é oferecido espontaneamente, e assim saberemos
quem realmente nos ama. Aqueles que te quiserem bem se lembrarão de você. Receber
sem cobrar é mais verdadeiro. Receber CARINHO é muito bom. E o simples gesto de
lembrar que alguém existe a forma mais simples de fazê-lo.Estes são os meus
floquinhos para: VOCÊ !!!
2-
Retomada do encontro
anterior. (diário de bordo);
3-
Vídeo: Planejamento
escolar.
PLANEJAR.....
“Devagar se vai longe”, diz o povo. Mas só chega quem sabe
para onde ir. O planejamento, sobretudo se for participativo, embora não seja
uma solução mágica, é, sem dúvida, um processo que ajuda a crescer e trabalhar
sabendo para onde se vai.
Planejamento,
diga-se logo, não é somente decidir uma listagem de ações a serem executadas em
determinadas datas e prazos. Este nós chamamos de “cronograma”. Planejamento é
o processo de tomar decisões a respeito do trabalho a ser feito.
Planejamento envolve muita reflexão antes, durante e
depois. É um processo que não tem fim. Pode até chegar a exigir que se mude o
plano proposto se o andamento do trabalho mostrar que é preciso fazê-lo.
Estudo da Unidade III : Fascículo 3 .
·
Unidade III: Planejamento.
·
Trabalhar com escolhas prévias.
TAREFA Nº 7:
Trazer um planejamento
de uma aula bem sucedida, construindo uma rotina semanal de alfabetização e
letramento (leitura e escrita pág.28 fascículo 3).
ALFABETIZAÇÃO E LINGUAGEM
Tutora: Janete Ferreira
·
Leitura do Diário de Bordo para retomada do encontro anterior.
Fascículo 4: Organização e Uso da
Biblioteca Escolar e das Salas de Leitura:
- Discute-se a importância da Biblioteca
Escolar ou da Sala de Leitura, sua organização e possibilidades de uso.
Analisam-se diferentes modalidades de leitura, a diversidade de suportes
de textos e a fundamental mediação do(a) professor(a) ao longo do processo
de letramento. Por fim, discute-se a relevância do Dicionário como aliado
no dia-a-dia da sala de aula.
Objetivos de Ensino:
- Refletir sobre uso da biblioteca e das salas
de leitura como prática importante na formação de leitores e escritores
competentes.
- Propor alternativas para organização de um
espaço de leitura nas escolas que não tiverem uma biblioteca.
- Promover a reflexão sobre o uso do dicionário
em sala de aula.
Objetivos de Aprendizagem:
- Reconhecer o espaço de leitura como aliado na
formação de alunos leitores e escritores.
- Compreender a relevância do dicionário como
parceiro no dia-a-dia em sala de aula.
- Conhecer alternativas para a organização do
espaço de leitura na escola, quando esta não contar com uma biblioteca.
Materiais a serem utilizados:
·
Data-show
·
Computador
·
CDs( slides
e vídeos)
Avaliação
·
O fascículo preconiza:
ü A promoção das práticas de leitura e escrita e o acesso à cultura e ao
lazer;
ü O monitoramento das questões e das atividades que envolvem o leitor em
formação e a sua fluência em leitura e escrita enquanto uma prática social a
ser resgatada pela escola;
ü A mediação do professor e do bibliotecário nessa prática;
·
TAREFA Nº 8:
·
TAREFA: OS TEMPOS DA ESCRITA EM SALA DE AULA.
ALFABETIZAÇÃO E LINGUAGEM
Tutora: Janete Ferreira
“No Egito, as bibliotecas eram chamadas ''Tesouro dos remédios da alma''. De fato é nelas que se cura a
ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.” Jacques Bossuet
·
Leitura-fruição: Pedido de demissão
( Conceição Trucom)
PEDIDO DE DEMISSÃO
Conceição Trucom
Venho
por meio deste, apresentar oficialmente meu pedido de demissão da categoria dos
adultos.
Resolvi que quero voltar a ter as responsabilidades e as idéias de uma criança
de oito anos no máximo.
Quero acreditar que o mundo é
justo e que todas as pessoas são honestas e boas.
Quero acreditar que tudo é possível.
Quero que as complexidades da vida passem desapercebidas por mim e quero
ficar encantada com as pequenas maravilhas deste mundo.
Quero de volta uma vida simples e sem complicações.
Cansei dos dias cheios de computadores que falham, montanha de papeladas,
notícias deprimentes, contas a pagar, fofocas, doenças e necessidade de
atribuir um valor monetário a tudo o que existe.
Não quero mais ter que inventar jeitos para fazer o dinheiro chegar até o
dia do próximo pagamento.
Não quero mais ser obrigada a dizer adeus ás pessoas queridas e, com elas,
à uma parte da minha vida.
Quero ter a certeza de que Deus está no céu e de que, por isso, tudo está
direitinho nesse mundo.
Quero viajar ao redor do mundo no barquinho de papel, que vou navegar numa
poça deixada pela chuva.
Quero jogar pedrinhas na água e ter tempo para olhar as ondas que elas
formam.
Quero achar que as moedas de chocolate são melhores do que as de
verdade, porque podemos comê-las e ficar com a cara toda lambuzada.
Quero ficar feliz quando amadurecer o primeiro caju, a primeira manga ou
quando a jabuticabeira ficar pretinha de frutas.
Quero poder passar as tardes de verão à sombra de uma árvore, construindo
castelos no ar e dividindo-os com meus amigos.
Quero voltar a achar que chicletes e picolés são as melhores coisas da
vida.
Quero que as maiores competições em que eu tenha de
entrar sejam um jogo de bola de gude ou uma pelada.
Quero voltar ao tempo em que tudo o que eu sabia era o nome das cores, a
tabuada, as cantigas de roda, a "Batatinha quando nasce..." e a
"Ave Maria" e que isso não me incomodava
nadinha, porque eu não tinha a menor idéia de quantas coisas eu
ainda não sabia.
Quero voltar ao tempo em que se é feliz, simplesmente porque se
vive na bendita ignorância da existência de coisas que
podem nos preocupar ou aborrecer.
Quero acreditar no poder dos sorrisos, dos abraços, dos
agrados, das palavras gentis, da verdade, da justiça, da paz,
dos sonhos, da imaginação, dos castelos no ar e na areia.
Quero estar convencida de que tudo isso... vale muito mais do que o
dinheiro!
A partir de hoje, isso é com vocês, porque eu estou me demitindo da
vida de adulto.
NÃO TENHA MEDO DE SER FELIZ!!!
ü Vídeo: Apresentação de Slide:
ü Unidade I : Biblioteca Escolar
ü Unidade II: Atividades de Leitura
·
Leitura do Diário de Bordo para retomada do
encontro anterior.
FASCÍCULO
4
·
Atividade em grupo: Escolher um livro e ler como se estivesse
trabalhando com crianças;
·
Atividade de leitura em grupo com as cursistas: Texto: Narizinho ( Monteiro
Lobato) Reinações de Narizinho;
Trecho:I
Reinações de Narizinho
Numa casinha branca, lá no Sítio do Pica-pau Amarelo, mora uma velha de
mais de sessenta anos. Chama-se Dona Benta. Quem passa pela estrada e a vê na
varanda, de cestinha de costura ao colo e óculos de ouro na ponta do nariz,
segue seu caminho pensando:
-Que tristeza viver assim tão sozinha neste deserto...
Mas engana-se. Dona Benta é a mais feliz das vovós, porque vive em
companhia da mais encantadora das netas - Lúcia, a menina do narizinho
arrebitado, ou Narizinho como todos dizem. Narizinho tem sete anos, é morena
como jambo, gosta muito de pipoca e já sabe fazer uns bolinhos de polvilho bem
gostosos.
Na casa ainda existem duas pessoas - tia Nastácia, negra de estimação
que carregou Lúcia em pequena, e Emília, uma boneca de pano bastante
desajeitada de corpo. Emília foi feita por tia Nastácia, com olhos de retrós
preto e sobrancelhas tão lá em cima que é ver uma bruxa.
Apesar disso Narizinho gosta muito dela; não almoça nem janta sem a ter
ao lado, nem se deita sem primeiro acomodá-la numa redinha entre dois pés de
cadeira.
Além da boneca, o outro encanto da menina é o ribeirão que passa pelos
fundos do pomar. Suas águas, muito apressadinhas e mexeriqueiras, correm por
entre pedras negras de limo, que Lúcia chama as “tias Nastácias do rio”.
Todas as tardes Lúcia toma a boneca e vai passear à beira d’água, onde
se senta na raiz dum velho ingazeiro para dar farelo de pão aos lambaris.
Não há peixe do rio que a não conheça;
assim que ela aparece, todos acodem numa grande faminteza. Os mais miúdos
chegam pertinho; os graúdos parece que desconfiam da boneca, pois ficam
ressabiados, a espiar de longe. E nesse divertimento leva a menina horas, até
que tia Nastácia apareça no portão do pomar e grite na sua voz sossegada:
- Narizinho, vovó está chamando!
Monteiro Lobato in Reinações de Narizinho
(Apostila
16 de Pré-Modernismo - Literatura Brasileira)
·
Tarefa nº 9
Tarefa de aplicação ( Leitura)
: A tarefa para essa semana é:
Ler um livro por dia para os alunos e citá-los, descrevendo logo
após como foi essa experiência, porém,
quem já tem essa prática, explicar como
esse
momento da leitura-fruição acontece.